Efêmero no dicionário traduz o que é passageiro, fugaz. Mas e a felicidade? Está traduz-se pelo apogeu do individuo, o momento em que sua essência encontra-se no ápice, seus potenciais desenvolvidos de forma plena, e o reconhecimento dos que respeita sobre o que realmente importa em suas metas individuais. Individuais, vamos realmente grifar essa palavra, logo felicidade é um projeto único e individual, não se aplicando necessariamente de forma igual a se aplica a você às pessoas ao seu redor.
Em artigo publicado à Folha de S.Paulo, (10\06\2010), Contardo Calligaris fez referencia a busca da felicidade e o uso da constituição, e a importância do estado democrático como ferramentas para o apogeu pessoal do cidadão. O texto publicado pelo articulista fez-me refletir sobre como a ideologia do estado incide sobre o cidadão ser ou não feliz.
O tema abordado por Calligaris mostra-se pertinente, uma vez que o articulista defende o bem comum, ou seja, a busca pela felicidade de forma individual e independente, sem a invasão de limites individuais. O uso dos direitos sociais previstos na constituição como ferramentas para a busca de uma felicidade que é relativa e pessoal, é a base da teoria mais válida sobre o bem comum.
Em um estado democrático (podendo esta expressão tender ao pleonasmo, já que estado seria a organização política e representação de uma maioria, logo democrático), não há a chamada felicidade “certa”, tal a imposta por governos totalitários, aqui o cidadão é condenado a ser livre, e usar do estado para a busca do que almeja como individuo. Governos totalitários buscam unilateralizar a felicidade, tal a teoria platônica de que só há uma verdade a ser tida como correta, não importando o método a que se recorra para que a alcance, daí o principal conflito: Individuo x Estado em um contexto em que o estado deveria ser um meio de acesso e não o agente conflitante da felicidade , aqui tão efêmera.
Belo texto. Ainda estou analisando, mas por hora ocorreu-me o seguinte. Será que buscar a felicidade em um estado totalitário é totalmente diferente de almejar felicidade em um estado democrático?
ResponderExcluirRefiro-me ao modelo de felicidade incentivado pela mídia como sendo o único. Carros sempre novos, bens pessoais em demasia, vestuário, um corpo escultural ou como as de modelos internacionais, o vício da gula para satisfazer a vontade excessiva de comer.
Creio que se prestarmos atenção, vamos perceber um modelo de ego incentivado pela mídia. Claro que em um estado democrático há maior liberdade em comparação a um estado totalitário. O indivíduo pode escolher outras maneiras de viver e buscar ser feliz.
Mas será fácil optar por um tipo diferente de felicidade?
muito bem pensado rodrigo!
ResponderExcluirolhe.. eu procuro ver assim:
a industria de massa instrui a populacao que cria seus conceitos, mas ainda ha a sensacao mesmo que falsa de que possamos escolher qual a nossa felicidade, mesmo que seja ter um carro um corpao e dinheiro.
no totalitarismo a midia internacional bombardeia as pessoas para que elas tenham direito de escolha, uma vez que nessa forma de governo suas escolham ja sao pre-selecionadas SEM mascarar!
mas se pensar bem.. seu raciocinio e mais do que logico.
Ser feliz não depende de sistema político..talvez estar feliz dependa um pouco..por ora é só...rs
ResponderExcluirnelson:
ResponderExcluirnao. diga-me a funcao do estado e a razao de haver direitos sociais?
assegurar o minimo de conforto para que cada um BUSQUE a felicidade propria.
sim, depende do sistema politico, mesmo que indiretamente.. depende.
Identifico-me muito com o último parágrafo, a importância da felicidade deveria estar na liberdade de escolher como ser feliz, e não ter de seguir procurando a graça nas coisas com cabresto. Quanto ao comentário do Rodrigo eu diria que por pior que seja essa PSEUDO-FORMA-DE-SER-FELIZ oferecida pelas "Importâncias” (mídia, governo, etc.) Ela ainda seleciona os seus, sem ela eu não estaria aqui, simplesmente pelo ato de discordar eu sou expelido da felicidade padrão.
ResponderExcluirA meu ver a felicidade não vem absolutamente das coisas ao nosso redor, mas de nossos olhos, embora voltando a concordar com a Postagem, as coisas ao nosso redor contribuam para isso.
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